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domingo, 31 de maio de 2015

Domingo.

(A esperança é um dos melhores remédios que existe.
Quando a vingança prevalece, o remorso pune. A tristeza é a agonia de um momento. Cultivar a melancolia, um erro de toda a vida. Ser brasileiro não é mata um leão por dia apenas.
É bem mais que só um leão.
"Entregar à própria sorte, nessa selva, onde a lei é a do mais forte, indefeso, carregando todo o peso o homem não consegue suportar... Não sabe como lidar com a vida que a vida lhe dá!)
mas enfim; Estou aqui para escrever uma crônica sobre o domingo e, lógico, dei o título de Domingo, obviedade de quem escreve buscando ser fiel aos fatos. Pensei, cá com meus botões da surrada camisa, quero fazer uma crônica olhando para o sol de domingo, no passado, nos meus tempos de outrora.Queria ler de tudo e sonhava com o futuro olhando pelo buraco da fechadura como já li do "Nelson Rodrigues... A crônica tinha que chegar como os domingos molhados de ternura, embriagados de saudade."
Sempre quis ser poeta na juventude. Quis ser poeta, jornalista e até jogador de futebol, mas eu tinha o sangue rude dos azarados e não passei de um medíocre ponta esquerda de dribles desconsertantes. Quem viveu comigo esse tempo sabe do que falo...
durante muito tempo inverti as bolas. Fui velho quando era menino, sou menino agora que a maturidade bate à porta.
Os momentos são únicos e cada vez me convenço mais que a vida é uma missão. (Missão de ser gente na essência da palavra). Escutei isso e nunca mais esqueci, amar e ser amado, jogar na lata do lixo tudo que é egoísmo e ganância. Quero, mais do que nunca, viver meu tempo, porque meu tempo é esse e nenhum outro. Tudo isso, num domingo de sol, com a música. E a música que ouço é uma continuidade de um poema... “devia ter amado mais, ter sorrido mais, ter visto mais o sol se pôr.” É nesse domingo se abrindo à felicidade e fechando o dia enquanto apanho palavras para preencher o vazio. Sorte tem aqueles que sabem e tantos outros poetas fantásticos. Eles souberam sempre escrever o que sentiam. Eu, como um escritor ousado, fico por aí rabiscando versos que não viram rimas e nem chegam aos corações, tão pouco são lidos,muito menos admirados mas é domingo. Escrevo muito e apago tudo logo em seguida. Como posso sonhar em escrever memórias se não consigo guardar nada que escrevo? Mas a crônica de domingo eu conclui.
A semana é sempre corrida, estressante, com tempos escassos e caminhadas apressadas, olhares ligeiros e quase nenhuma palavra com quem se cruza nas ruas e avenidas. A gente tem a impressão de que a vida é crua e fria, amargurada. E dorme com os sonhos que ficaram guardados por tantas horas do dia que se vai. O sábado faz mais ou menos a intermediária. Faz a ligação entre a semana e o domingo. Ah, o domingo. Como disse no começo, gostaria de fazer uma crônica de domingo. O tempo da gente é esse, meus amigos.

vS'' ZN Porto alegre Ultimo domingo do mês!