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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Ninguém sabe o que tem, até que a perde...

O trabalho termina, o amor acaba, a existência chega ao fim, porque tudo, mais cedo ou mais tarde, chega ao final.
Tudo na vida é temporário, e acreditar que as coisas são “eternas” geralmente nos causa frustrações difíceis de superar.
Saber colocar um ponto final quando as coisas ou os diferentes aspectos da nossa vida não vão bem é sensato e emocionalmente saudável. 
Forçar a sobrevivência de uma situação que está terminando é como chorar sobre o leite derramado.
“… Nada dura para sempre: nem a noite estrelada, nem as desgraças, nem a riqueza; tudo isso um dia vai acabar”. -Sófocles-
Eu sou um herói.
Não que tenha liderado revoluções ou consertado o mundo.
Eu nada fiz de glorioso, mas sou um herói!
Eu sou um homem vitorioso, mas não tive as mulheres que desejei nem soube ser famoso ou rico.
Poucas vezes pude ser feliz e já me acovardei onde deveria lutar.
Mas eu sou um herói vitorioso por carregar os pesos dos fracassos dos meus sonhos de grandeza sem esmorecer, sem demostra.
O que acontece nas esferas maiores da vida (sonhos, intelecto, amor, etc), também acontece nas esferas menores (bens materiais, beleza, fama); tudo tem um final. Tanto o grande quanto o pequeno se acabam, porque tudo nessa vida é “emprestado”.
Até mesmo os objetos materiais cumprem o seu ciclo de vida e muitas vezes provocam desânimo e até raiva, ao contrário do que sentimos quando eles são novos e recém-adquiridos, isso acontece porque acreditamos que são eternos e fazem parte da nossa vida como se fossem uma extensão do nosso corpo.
Quando fazemos uma cirurgia plástica para disfarçar a velhice ou praticamos exercícios físicos, não pela saúde, mas para nos mantermos jovens, caímos na fantasia dos sonhos e desejos impossíveis.
Para tentar melhorar a nossa aparência física (em alguns casos é possível), no fundo o que fazemos é deteriorar a nossa dignidade e nossa condição humana. 
Nos transformamos em um “produto” para satisfazer os outros.
Ninguém sabe o que tem, até que o perde...
Muitas vezes nos queixamos ou renegamos uma pessoa ou determinadas situações, até que essas pessoas nos deixam ou morrem, e até que essas situações negativas se tornem piores. 
É essa comparação que nos dá uma visão real do que nos faz sofrer e qual a intensidade do nosso sofrimento.
Por exemplo, quando você se queixa muito do seu parceiro e acaba ficando sozinho, começa a valorizar essa pessoa nos mínimos detalhes; ou quando muda de uma casa mais humilde para um lugar melhor, mas sem essa atmosfera familiar. Além disso, quando você reclama de uma simples gripe como se fosse uma tragédia, até que fica gravemente doente e percebe que era uma bobagem.
Na maioria das vezes, tudo o que começa tem uma aura de novidade e está cheio de promessas. Mas, com o passar do tempo, começamos a ver mais defeitos do que virtudes, tanto nos objetos quanto nas pessoas e situações. Então, quando tudo acaba, acontece o contrário: focamos mais nas virtudes e minimizamos os defeitos. O problema é que isso acontece quando já não há nada a fazer; tudo acabou.

vS''


Porto Alegre 31 de Janeiro de 2019
Te amei
Te amarei
Te amo!

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